O aplicativo Tinder foi lançado em 2012 com o objetivo de tornar mais dinâmico e divertido o uso de serviços de namoro on-line, através de um conceito simples: unir pessoas geograficamente próximas, com interesse umas nas outras. Foi fundado por 05 integrantes, na incubadora Hatch Labs.
Com total foco nas dores dos clientes de sites de namoro, concentraram-se em proporcionar uma ótima experiência, observando as lacunas do mercado. Suas principais premissas para o aplicativo:
- Simplicidade para configurar e utilizar: nada de preencher enormes questionários sobre personalidade e confirmar tudo por e-mail. Bastava vincular a conta do Facebook ao aplicativo e começar a usar;
- Suavização da rejeição: O usuário saberia quando ocorreu um "match", ou seja, as duas pessoas envolvidas declararam interesse mútuo - e não veria as recusas que recebeu;
- Facilidade de encontros espontâneos: uso do recurso de proximidade para procurar pessoas frequentando os mesmo lugares.
Com as hipóteses definidas e um produto básico inicial (após 08 semanas de desenvolvimento), estavam prontos para testar. Era hora de "povoar" o Tinder com uma grande base de usuários de uma mesma região.
Boca a Boca (no sentido literal e figurado)
Para iniciar a disseminação do aplicativo, elegeram um público-alvo bastante específico: estudantes universitários da Califórnia, pertencentes às irmandades e fraternidades, ou seja: centenas de jovens, dentre os mais engajados e populares que podiam encontrar.
Contrataram representantes destas congregações para ajudá-los a organizar festas temáticas do Tinder nos Campus das Universidades. A entrada na festa só era permitida para quem havia baixado o aplicativo.
A mistura explosiva de jovens bonitos e populares, festas e uma ferramenta para promover namoros, levou o Tinder a converter rapidamente milhares de usuários. Boa parte do trabalho foi feito graças ao marketing boca a boca amplamente positivo.
Um tour pra divulgar o Tinder
Ao atingirem 5 mil inscritos, Whitney Wolfe, uma das fundadoras, iniciou uma viagem percorrendo os principais centros universitários dos EUA. Participava de reuniões das fraternidades apresentando o Tinder às garotas, pedindo para testarem. Em seguida, ia aos encontros das irmandades para mostrar aos garotos todas as beldades que já usavam o aplicativo. Ao final da sua turnê, o número de usuários tinha saltado para 15 mil.
Das universidades, geralmente localizadas em áreas populosas, o aplicativo espalhou-se para as cidades. Não demorou muito até que celebridades e influenciadores começassem a dar suas opiniões sobre o Tinder e até admitir que usavam, gerando mídia espontânea qualificada.
Crescimento acelerado
Dois anos depois, o aplicativo tinha uma base de 50 milhões de usuários ativos em todo o mundo. Em 2019, o Tinder voltou a se destacar na mídia ao divulgar seus números: em um ano, saltou de 1,5 milhões para 5,2 milhões de assinantes na sua versão paga, aumentando radicalmente a receita da empresa e a valorização seus papéis na bolsa.
Curiosidade: O Tinder continua usando o poder das comunidades para engajar e manter ativos seus usuários. Em 2019, durante o Rock’n’Rio, o aplicativo lançou um recurso que permitia que os usuários sinalizassem que estariam no festival, e se conectassem com outros participantes do evento.